terça-feira, 9 de outubro de 2012

Degustação às cegas com Cabernets Chilenos - Chacai o grande vencedor!

Desafio de Cabernets do Chile por João Filipe Clemente

 
 
 
 
 
 
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         No último dia 26 de Outubro, tivemos o prazer de realizar na Vino & Sapore um embate bastante interessante. Importante diferencial é que ele foi feito com consumidores e não críticos de vinho, consequentemente entendo que seja uma visão mais hedonística e privilegiada do pensamento de boa parte do mercado. Nesse desafio às cegas com cerca de apenas 30/40 minutos de aeração dos vinhos, colocamos frente a frente um Ícone dos cabernets chilenos o consistente e respeitado Don Melchor com suas 22 edições, este o de 2007, e da mesma safra também o Manso de Velasco que dispensa apresentações. Afora esses dois mais conhecidos, mais três rótulos menos midiáticos porém, a meu ver, de grande valor o que me fez escolhê-los para este embate; Anya Ícono 2010, William Févre Chacai 2008 e Casa Lapostolle Cuvée Alexandre  2009. Óbvio que melhor seria se todos fossem da mesma safra, porém isso é um pouco complicado de se conseguir.
        O mais interessante, mais uma vez provando que conceitos genéricos neste mundo do vinho não têm vez, é que cada um desses vinhos mostrou uma cara bem diferente dos outros. Vejamos como cada um se comportou:
Concha y Toro Don Melchor 2007 –  com 3% de Cabernet Franc mostrou ser, como sempre, super consistente tanto que creio que em 22 edições somente em uma meia dúzia andou por baixo dos 90 pontos na visão da grande critica. A referência em cabernets chilenos junto com mais uma meia dúzia de importantes e renomados rótulos. Eu o considerei bastante pronto a beber apesar de ainda ter aí mais uns bons seis anos pela frente de franca evolução. De inicio fechado no nariz, abre-se aos poucos mostrando-se bastante frutado. Muito equilibrado na boca, taninos muito finos, complexo, boa acidez, ótimo final de boca, muito boa persistência, um vinho sem arestas e muito apetecível, feito para agradar. Um caldo muito bom, mas acho os sugeridos R$400 de preço de venda algo fora de propósito, porém é um vinho que tem seu histórico, seus séquito e quem pague então a vinícola o precifica bem sendo que até no Chile anda caro, por volta dos 130 dólares. Este exemplar veio de um amigo que o trouxe da Inglaterra, 50 libras, especialmente para este momento. Importação  VCT Brasil.
Casa Lapostolle Cuvée Alexandre 2009 – com 15% de Carmenére, ainda muito jovem e algo desbalanceado com o vegetal da carmenére se sobrepondo ao cabernet sauvignon e álcool aparente tanto no nariz como na boca. Os 40 minutos foram pouco e creio que deveria melhorar com mais uma hora de aeração quando deveria encontrar seu ponto de equilibrio. Custa ao redor dos R$120,00 mas neste embate mostrou-se um patamar abaixo dos restantes competidores. Importação Mistral.
Torres Manso de Velasco 2007 – um 100% Cabernet Sauvignon de vinhas velhas, potente, complexo, rico, equilibrado com taninos ainda bem presentes, encorpado porém com taninos finos e aveludados de muita qualidade. Um senhor vinho, melhor de boca que de nariz, que faz jus a sua fama e vai durar muitos anos ainda, vinho que não é para gente ansiosa! rs Dê-lhe tempo, compre agora e tome daqui a dois ou três anos acompanhada por uma paleta de cordeiro ou picanha suculenta! Vinho na casa dos R$190/200,00 aqui em Sampa. Importação Devinum.
William Févre Chacai 2008 – com 15% de Cabernet Franc, um vinho absolutamente sedutor no nariz que te convida a levar a taça à boca. Aromas intensos de frutos vermelhos e alguma especiaria. Na boca mostra uma certa complexidade, rico, boa estrutura, taninos finos e sedosos, final de boca muito agradável e fresco que pede o próximo gole. Certamente o vinho mais pronto e vibrante de todos apresentados, tendo entusiasmado a maioria. Custa ao redor de R$130,00 porém a nova safra que obteve 93 pontos no Descorchados 2012 (igual ao Don Melchor), deve chegar por volta dos R$190,00 e virá em quantidade minguada que deve sumir rapidamente! Importação Dominio Cassis.
Anya Ícono 2010 – o mais jovem dos vinhos e o que mais se ressentiu da falta de um maior tempo de aeração. Foi também o mais intrigante dos vinhos provados neste noite com aromas animais, estrebaria se sobrepondo á fruta que aparece mais ao longo do tempo na taça. Na boca é cheio, untuoso, encorpado pedindo comida e certamente será um grande companheiro para uma carne suculenta como um bife de chorizo! Recebeu 92 pontos da revista Vinho Magazine e custa ao redor dos R$115,00 o que o transforma no best buy deste embate e um vinho para comprar e guardar abrindo uma garrafa aqui outra daqui a seis meses, depois mais seis,…… Importador Palácio dos Vinhos.

         Óbvio que a esta altura vocês já está mesmo é querendo saber quem foi o ganhador e concordo, já não é sem tempo! Há no entanto, que se considerar que o painel foi muito parelho tendo havido votos de primeiro lugar para 4 dos 5 competidores. Eis a classificação abaixo:
  1. William Févre Chacai 2008

  2. Don Melchor 2007
  3. Manso de Velasco 2007
  4. Anya Ícono 2010
  5. Cuvée Alexandre 2009
     Mais um desafio realizado e mais uma vez a constatação de algo que ao longo dos anos neste blog acontece muito amiúde em nossos painéis e desafios, nome não ganha campeonato! Ás cegas, o que vale mesmo é vinho na taça assim como no futebol é bola na rede. Por isso curto tanto a diversidade e o garimpo por coisas novas saindo da mesmice, é isso que faz viajar por nossa vinosfera uma experiência única e tão prazerosa. Por falar em viajar, um amigo leitor, o Guilherme, vai compartilhar conosco sua experiência pelos vinhedos da África do Sul nesta próxima Quinta-feira, não deixe de sintonizar neste canal! Salute e kanimambo.

http://falandodevinhos.wordpress.com/2012/10/02/desafio-de-cabernets-do-chile/

Abraxas 2002 - o derradeiro! Taças e rolhas (Evelyn Fligeri )

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Abraxas 2002 - o derradeiro!

Sumi, né? É que estou na loucura de final de bimestre, então eu fico sobrecarregada com as centenas de avaliações para corrigir... Mas confesso que não esqueci do blog, nem por um minuto!

Mesmo com a pilha de papel que se acumulava em meu escritório, encontrei tempo para degustar bons vinhos, na companhia de familiares e amigos, e fazer os meus registros.

Um desses foi o famoso uruguaio Abraxas 2002, da Dominio Cassis... Sim, é isso mesmo o que você leu, a safra era 2002. Consegui comprar minha garrafa por um acaso do destino, já que não é mais possível encontrar... Confesso que quando a peguei em minhas mãos, eu nem acreditei! Atualmente a safra vendida é a 2007!



Este vinho, elaborado 100% com a uva Tannat, passou 18 meses em barrica francesa nova. 

Quando abri a garrafa, me surpreendi (como eu esperava por isso!!!): Com 10 anos em garrafa, esse vinho apresentou uma coloração violácea de tingir a taça. Aromas de café, frutas negras maduras e couro se desprendiam. Duas horas depois de aberto ele ainda era altamente perfumado. Na boca apresentou taninos macios, elegantes e muito boa acidez. Apenas 600 garrafas foram produzidas nesta excelente safra. 

A harmonização foi com um risotto de limão siciliano (que passou do ponto), carré de cordeiro (preparado por Cristiano Orlandi, do blog Vivendo Vinhos), umas batatinhas assadas e uma saladinha...


O derradeiro Abraxas foi sucesso... Preciso comprar a safra 2007!
 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Publicação feita por João Filipe sobre nossos vinhos Espanhóis!

 
 
 
 
 
 
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      Dois rapazes e um sonho, o de recuperar a essência da cepa Granacha em sua terra natal, Navarra no norte da Espanha. Amigos de infância, cada um traçou seu próprio caminho vindo a se juntar mais recentemente para desenvolver um projeto que denominaram “Pura Garnacha”, um projeto lúdico, algo poético que de cara já mexe com a gente de uma forma diferente. A busca por preservar as raízes de uma região.

       Já faz um tempinho que os amigos Wilton e Martin da Dominio Cassis, importadora que também se integrou no projeto aqui no Brasil, me convidaram para seu “quincho” onde, num churrasco em que uma saborosa e macia paleta de cordeiro foi servida, nos foi apresentado o projeto, seus autores e seus vinhos.
      Tudo é poesia, tudo é paixão e o resultado só poderia dar nisso, vinhos muito bem feitos, diferenciados e marcantes. Baixa produção significa cuidados especiais tanto com a uva no vinhedo como na cantina e os vinhos refletem bem esses cuidados pois são muito bem feitos deixando a cepa dizer a que veio. Rapidamente, um pequeno apanhado desses bons vinhos provados:
  • Sanrojo um rosé elaborado pelo processo de sangria com somente 6000 unidades engarrafadas – nariz muito fresco, tuti fruti, seco, bom corpo para um rosado e acidez acentuada, um vinho típico de verão, mas com um algo mais!
  • Volandera, o vinho “básico” deles elaborado por maceração carbônica que surpreende muito positivamente inclusive pela falta das agulhas que costumam ser peculiares a vinhos elaborados desta forma. O Luiz, enólogo, me explicou que o que costuma gerar isso é a cepa Viura (branca) que costuma ser adicionado ao vinho e no caso deles o vinho é 100% Garnacha o que faz uma enorme diferença. Nariz frutado e sedutor, na boca é muito fresco, taninos suaves, equilibrado e se levemente refrescado, 14º, mostra-se em toda sua plenitude. Um vinho com uma personalidade, sim vinho também tem, vibrante e jovial. Me parece que poderá ser bom companheiro para acompanhar  Peru à Califórnia.
  • Cientrueños, um vinho do qual, como o Volantera acima, somente se produzem 11.000 garrafas. Parte do vinho (50%) passa por barricas de 500 litros por cerca de 4 meses e parte passará, creio que este lote ainda não, por um estágio em ânforas. Ótima companhia ao cordeiro servido, mostrou-se de médio corpo, taninos sedosos, finos e bem equilibrado com um final saboroso onde despontam notas de especiarias. Um belo vinho!
  • Tierga, o topo de gama e um senhor vinho! No nariz, sente-se um pouco do que está por vir com seus 16% de teor álcoolico dando o ar de sua graça, mas sem atrapalhar a fruta bem presente e algumas notas florais . Produção ínfima, coisa de 4000 garrafas de uma região inóspita onde alguns poucos hectares de vinhedos geram cerca de 700 grs de uva por planta em parreiras com mais de 60 anos de vida.  No visual é escuro, opaco mostrando boa concentração que tinge a boca ao primeiro gole. Aqueles 16% de álcool passam despercebidos na boca pois possuem uma estrutura que ancora perfeitamente essa potência de forma muito equilibrada com taninos firmes porém de muita qualidade. Encorpado, riquíssimo, final longo um vinho que deixa marcas na memória e saudades na taça.
        A garnacha é uma cepa que surpreende os mais incautos e a maioria das pessoas a desconhece mal sabendo que é originária da Espanha e não da França onde ela é conhecida como garnache. Em breve falarei um pouco mais da cepa, mas por enquanto curtamos os deliciosos caldos elaborados com ela. Salute, kanimambo e espero vocês para uma taça lá na Vino & Sapore onde dou plantão  todo o final de dia!

http://falandodevinhos.wordpress.com/2012/08/08/la-calandria-a-busca-pela-pura-garnacha/

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Vinho do bom - 1º Grana Wine Fest

Veja um pouco mais sobre o evento realizado na Vino e Sapore no link abaixo.

No final do vídeo o repórter achou o nosso vinho Volandera como o melhor da noite.

http://www.youtube.com/watch?v=GA9AfSgl5y0&feature=player_embedded

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Abraxas 2007 em 1º lugar na confraria dos Sommeliers!

Tannat do Uruguay X Tannat do Brasil

A degustação dos tres melhores Uruguayos e os tres melhores brasileiros será repetida por enófilos em jantar que divulgarei oportunamente. Saiba quem foi o vencedor desse desafio.

Segue link com o vídeo mostrando o vinho campeão da noite, Abraxas 2007!!

http://www.youtube.com/watch?v=ymjEvwmZc5w&feature=player_embedded

Blog do Didu Russo: http://www.didu.com.br/2012/07/tannat-do-uruguay-x-tannat-do-brasil/

Garnacha – uma uva, quatro estilos de vinho - Comentários do grande Sommelier Gianni Tartari

Gianni Tartari, uma grande conhecedor de vinhos falando sobre os produtos da La Calandria.

Garnacha – uma uva, quatro estilos de vinho

Volandera e Espino Gran Cuvee no TOP 5 de vendas no 1º Granja Viana Wine Fest

No último sábado (7) foi realizado o 1º evento na Vino e Sapore na Granja Viana, um belo vento realizado pelos amigos João Filipe e Marcio

Segue link:
http://falandodevinhos.wordpress.com/2012/07/17/top-5-interessantes-surpresas/

terça-feira, 29 de maio de 2012

PuraGarnacha - Blog falando um pouco dos vinhos da Espanha

Taças e rolhas

Porque quase nada é tão legal quanto a descoberta de novos vinhos

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Pura Garnacha!!

Há tempos estou para escrever este post. Sabem porque demorei? Porque os vinhos que falarei agora foram a minha melhor surpresa neste ano de 2012 e porque eu estava buscando palavras para poder defini-los.

Algumas semanas atrás recebi um e-mail do Luís Remacha, da vinícola La Calandria, da região de Navarra/ Espanha, me convidando para provar seus vinhos. Como estou sempre em busca de descobertas afinal, é isso que nos leva ao conhecimento, não podia deixar essa oportunidade passar.

O simpático Luís é um apaixonado pelo que faz. Também pudera, seus vinhos são deliciosos, puros e que buscam retratar da melhor maneira possível o terroir que eles têm.

O nome da vinícola é La Calandria, o pássaro conhecido por nós como calhandra. Esse nome é porque o trabalho dos produtores é sair colhendo as uvas garnacha de vinha antiga em vinha antiga, que foram recuperadas, e que estão em via de extinção. Assim sendo, a vinícola produz vinhos naturais e 100% com a uva garnacha (ou grenache).

Depois de receber toda a explicação sobre o processo de elaboração dos vinhos, provei os 4 rótulos que eles desenvolvem. Vamos a eles:


O primeiro foi o Sonrojo 2011. Um vinho que me ganhou de cara... sabe aquele vinho fácil de beber, que você pode abrir a qualquer hora, sem delongas... É esse!! Jovem, brilhante, fresco e muito aromático, esse vinho apresenta uma coloração de enfeitiçar os olhos. A acidez é marcante e as notas de amora se destacam tanto no nariz quanto na boca. Vinho próprio para ser bebido antes das refeições, ou na beira da piscina, ou na praia, ou onde você quiser! Perfeito para nosso clima.

Em seguida provamos o Volandera 2011.


Com coloração violeta claro, esse vinho apresentou aromas fartos de framboesa, alcaçuz, morangos e cerejas. Na boca é leve, fresco, simples, bem feito, ideal para uma tarde ensolarada afinal, ele tem um caráter bastante festivo.

Na sequência, provamos o Cientruenos 2010, que apresentou um vermelho rubi bem vivo e bonito. No nariz aromas frutados e na boca um equilíbrio incrível, com bastante personalidade.


Por fim, provamos o Tierga 2008. Após passar 7 meses em barrica de carvalho, esse vinho vai para a garrafa e é distribuído para nos enfeitiçar. De coloração violeta escuro, esse vinho apresenta aromas de frutas e um leve toque de madeira, totalmente integrado ao vinho. Na boca mostrou-se fino, elegante, com boa estrutura e equilíbrio.

A paixão do Luís vem justamente pela condição da produção desses vinhos. É impossível não se apaixonar também. Veja só: As vinhas velhas produzem pouquíssimo e o trabalho desses enólogos é sair buscando essas uvas de galho em galho, como o pássaro citado anteriormente. Além disso, essas vinhas velhas são tratadas de modo natural e manual, o que não dá para concorrer com a produção altamente mecanizada das grandes vinícolas de hoje. Mas é justamente esse trabalho árduo, de pessoas apaixonadas por vinhos que nós encontramos dentro de suas garrafas. Como o Luís mesmo disse - "É poesia engarrafada!"

O melhor de tudo: Esse vinho já é comercializado no Brasil. Quem o traz é a importadora Dominio Cassis.
Para encerrar, deixo vocês com as lindas fotos da região onde esses vinhos são elaborados. Não poderia terminar de outra forma... Espero ter conseguido encontrar as palavras para expressar minha surpresa... Se não encontrei, as imagens falam por si só!





 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Destaques 2011 de los Hermanos – Argentina & Chile - Por João Filipe Clemente

Em seu Blog, João Filipe destacou os melhores vinhos de 2011 e nele estão o Cabal Reserva e o Chacai da Importadora Dominio Cassis.

Este ano me surpreendi mais com os vinhos do Chile, que andavam meio por baixo neste blog, e de menos com os vinhos Argentinos que, na minha taça, sofreram de falta de criatividade sendo que os vinhos mais elaborados estão se tornando excessivamente caros, mesmo para o nosso mercado habituado a preços nas alturas, inclusive lá na Argentina. Algo para se pensar e refletir, tendo já tratado deste tema aqui.
       Os conceitos, que repetirei a cada post para que não pairem dúvidas, para a escolha destes Destaques de 2011 levam em conta os vinhos que mostraram algo acima de seus pares em sua faixa de preço, vinhos que surpreenderam. Grandes vinhos, como são a maioria dos Chutando o Balde ou Sem Noção, são ótimos, mas ao preço que cobram, têm que ser isso mesmo! Esses relacionarei nas listas que virão a seguir, porém hoje cito alguns que me marcaram, cada um em seu estilo e proposta diferenciada, inclusive de preços que podem e devem variar em função da carga tributária em cada Estado. Minha base de preços é das mais caras do mundo, São Paulo! Enfim, preparem-se para uma maratona de dicas e vinhos a começar por estes rótulos Argentinos e Chilenos que foram Destaque em minha taça.

  • Cabal Reserva Malbec – Uma grata surpresa porque está abaixo dos R$40 e passa 12 meses em barrica e 12 em adega. Madeira presente sem exageros, muito saboroso e equilibrado em que tudo se une numa sinfonia bem orquestrada sem destaques a não ser o conjunto. Dentro desta faixa de preços, um dos melhores malbecs que provei este ano.

  • O Chile foi dos países Hermanos aquele que mais me surpreendeu este ano com vinhos realmente muito interessantes e de bom preço considerando-se a qualidade entregue. Nas listas que produzirei com os Achados de 2011 por faixa de preços, um monte de rótulos chilenos certamente estarão presentes. Nem todos pude incluir no portfolio da loja e outros provados nem dão as caras no Brasil, mas no todo uma linha de produtos para se tirar o chapéu. Os vinhos ícones estão pela hora da morte e, cá entre nós, super valorizados não valendo o que estão cobrando por eles, porém num patamar de até R$200 se acham grandes vinhos que, ás cegas, certamente darão pau em muitos dos rótulos mais afamados.


  • Chacai – 0 vinho top da vinícola William Févre, importante produtor francês conhecido por seus bons Chablis, é o Antis, porém é o Chacai que mais me chamou a atenção e agradou. Gosto muito de sua linha Espino também, especialmente o Chardonnay, mas este realmente enche a boca de prazer e, com isso, cumpre o papel de todos grandes vinhos. A uva protagonista é Cabernet Sauvignon, este 2008 possui 15% de Cabernet Franc o que o enquadra como um varietal e o de 2007 tinha uma proporção grande de Carmenére. A versão 2009 (que bateu o Don Melchor no Descorchados de 2012 com 93 pontos), no entanto, é quase que só Cabernet Sauvignon. O que se destacou na minha taça foi o 2008 que se mostrou concentrado, jovem com taninos finos muito presentes, notas defumadas, frutos negros, um belo vinho que tem ainda muitos anos pela frente. Dos mais baratos nesta faixa de qualidade e complexidade, cerca de R$125,00.

  •         Com isto terminei os Chilenos e Argentinos. Amanhã tem mais. Salute, kanimambo e seguimos nos vendo por aqui ou na Vino & Sapore onde sempre haverá uma taça amiga para o receber.

    http://falandodevinhos.wordpress.com/2012/01/23/destaques-2011-de-los-hermanos-argentina-chile/